Texto alusivo ao dia Dia da Família Militar
Rosa Maria Paulina da Fonseca nasceu no dia 18 de setembro de 1802, em local que atualmente pertence ao município de Marechal Deodoro, em Alagoas. Em 1824, casou-se com Manoel Mendes da Fonseca, Major do Exército Imperial, após superar os questionamentos da família do futuro marido por causa de suas origens de índia e escrava.
Dona Rosa da Fonseca teve dez filhos, sendo duas mulheres, Emília e Amélia, e oito homens, os quais seguiram a carreira do pai. Seu filho Pedro Paulino, tenente reformado do Exército, foi o único que não participou da Guerra da Tríplice Aliança, pois permaneceu junto a Dona Rosa, para cuidar da mãe. Posteriormente, ele se tornaria governador de Alagoas e senador federal pelo Estado. Dos filhos que lutaram na guerra, três faleceram: o Alferes Afonso Aurélio, com 21 anos de idade, durante a cruenta Batalha de Curuzu, em setembro de 1866; o Capitão de Infantaria Hyppólito, em 22 de setembro de 1866, por ocasião da sangrenta Batalha de Curupaity; e o Major de Infantaria Eduardo Emiliano, em 6 de dezembro de 1868, na célebre Batalha de Itororó.
Durante a Guerra da Tríplice Aliança, conta-se que, enquanto se comemorava a vitória de Itororó com grandes manifestações públicas no Rio de Janeiro, Dona Rosa da Fonseca recebia a notícia da morte de seu filho Eduardo e informações sobre seus filhos Hermes e Deodoro que estavam gravemente feridos. Contudo, teria afirmado: “Sei o que houve. Talvez até Deodoro esteja morto, mas hoje é dia de gala pela vitória; amanhã, chorarei a morte deles”. Conta-se, ainda, que ao receber o oficial que lhe apresentaria os pêsames em nome do Imperador, respondeu que a vitória que a pátria alcançava, e que todos tinham ido defender, valia muito mais que a vida de seus filhos.
Entre os quatro filhos que retornaram vivos para o Brasil, após a Guerra da Tríplice Aliança, dois se destacaram no cenário nacional: o Marechal Deodoro da Fonseca, Proclamador da República e primeiro presidente do país, e o General de Brigada João Severiano da Fonseca que, em 1962, passou a ser o Patrono do Serviço de Saúde do Exército. Ressalta-se, também, que seu neto, o Marechal Hermes Rodrigues da Fonseca, foi presidente do Brasil, de 1910 a 1914.
Por sua dedicação à família, patriotismo e compreensão acerca das características da vida dos militares, o Exército Brasileiro instituiu Dona Rosa da Fonseca como Patrono da Família Militar. Por esse motivo, celebra-se em 18 de setembro, data de nascimento dessa notável mulher, o Dia da Família Militar.
“Matriarca Exemplar”, Dona Rosa da Fonseca, também conhecida como a “Mãe dos Sete Macabeus”, evidenciou desprendimento, amor, renúncia e resignação, demonstrando valores éticos que servem de base para a Família Militar. O servir à pátria exige dedicação e comprometimento dos militares, concorrendo, em muitas ocasiões, para que os referidos profissionais não estejam presentes junto ao seio familiar. Por tal razão, pais, mães e filhos encaram esse desafio, compreendendo que a nobre missão de defender o país supera qualquer obstáculo.
Parabéns aos integrantes da Família Militar! Que a figura insigne de Dona Rosa da Fonseca continue a os inspirar, ratificando a importância do amor incondicional e do espírito de sacrifício em favor do Brasil!
Brasília-DF, 18 de setembro de 2024.
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