Dia dos Pais
Apesar de existir relatos históricos de que na Babilônia, há mais de quatro mil anos, um jovem, filho de um rei muito famoso, teria moldado em argila um “cartão” desejando sorte, saúde e vida longa ao pai, a origem mais aceita para a comemoração da data é nos Estados Unidos, no ano de 1910, quando Sonora Louise resolveu homenagear seu pai William Jackson, um veterano da Guerra Civil Americana, que criou os 6 filhos sozinho, após perder a esposa em seu último parto.
A homenagem de Sonora começou em sua cidade, Spokane, no estado de Washington, no dia 19 de junho, data de nascimento de seu pai. O gesto simples da moça acabou por mobilizar muitas pessoas da mesma cidade a fazer o mesmo tipo de homenagem. De Spokane, a prática alastrou-se para outros estados dos EUA, porém a data comemorativa só foi oficializada, em 1972, pelo então presidente Richard Nixon, para ser comemorado anualmente no terceiro domingo de junho.
Em solo brasileiro, as primeiras comemorações do Dia dos Pais datam do início da década de 1950. Em agosto de 1953, o publicitário Sylvio Bherinh idealizou um concurso para homenagear os pais e escolheu o dia 16 daquele mês para promovê-lo. O dia 16 de agosto foi escolhido por coincidir com o dia de São Joaquim, considerado o patriarca da família, pai da Virgem Maria e avô de Jesus Cristo. Anos depois, foi decidido que a comemoração seria no segundo domingo do mês de agosto para que a data fosse celebrada sempre aos domingos, dia em que a maioria dos pais estão de folga, permitindo que a família se reunisse e festejasse por mais tempo esse momento especial.
Há alguns anos o pai era visto como o disciplinador da família (para não dizer carrasco), aquele que deveria ter a responsabilidade de “resolver” o problema quando os argumentos da mãe se esgotavam, quem nunca ouviu a mãe dizer: “espera até o seu pai chegar...”. Fruto desse estereótipo, era perfeitamente normal ouvir o filho dizendo as frases: “mãe minha comida tá pronta?”, “mãe pega a toalha para mim!”, “mãe você viu minha chuteira?” ou então, em uma pontinha mínima de esperança para nós, “Pai... você viu a mamãe?”. No entanto, com um mundo cada vez mais moderno, em que as informações são obtidas com uma rápida “googleada”, se o pai permanecesse sendo apenas o disciplinador, certamente, ele se tornaria também, apenas mais um dentro de casa. Por essa razão, os pais de hoje estão mais atentos e buscando conhecimento para serem o filtro do “bombardeio” de informações que as crianças recebem pela tv e, principalmente, internet.
Fruto dessa mudança global, os pais entenderam que poderiam continuarem sendo disciplinadores, porém sem a necessidade de agirem o tempo todo como o chefe, mantendo expressão carrancuda, ou deixando os problemas para que a mãe resolvesse sozinha. Aos poucos, os momentos de conversa com os filhos para trocar informações do tipo: “filho, como foi seu dia?” assim que chegam a casa, contribuem antecipadamente com a solução de um problema que o filho esteja passando e deixando de ser, apenas, a solução disciplinadora daquele problema.
Esta nova geração de pais, por ser mais participativa, entendeu que acompanhar os meninos nas aulas de atividades, pentear e fazer trança no cabelo das meninas ou dar banho no bebê recém-nascido não são atividades apenas da mãe, mas que podem se tornar algo prazeroso para toda a família. Investir no afeto, no tempo, na dedicação é certeza de um filho forte e seguro no futuro.
Pai, faça tudo para que seu filho se orgulhe, te agradeça e, principalmente, te ame, pois, fazendo isso você perceberá que seu filho desejará comemorar o dia dos pais todos os dias do ano e não apenas no segundo domingo de agosto. DGP e DAP: a serviço da Família Militar. #EBpreservandovidas.
Seja Feliz! Feliz dia dos pais! (texto de colaboração do TC Eric Lessa)